terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Rave




Alucinógenos distorcem o trance,
Luzes espirais
Dos cachões de laser
Transpassam corpos eufóricos,
Considerados playgrounds orgânicos
Festa infantil?     
Doces, pirulitos e marabales,
Liberdade Suavemente Descontrolada
Flashs desaceleram
A loucura coreografada

Senão tem colírio
Usa Ray. Ban espelhado     
Refletindo o Astro Rei iluminando
As Princesas amantes da insônia,
Prestando cultos a Marduk
O Black label
Reidrata a insanidade...


Delírio dos beijos psicodélicos,
As dores da rotina são extintas
Por um momento,
A dimensão espaço tempo é ignorada
Olhos escarlates
Sorrisos permanentes
A palidez do luar
Estimula nossa química
Para a troca de energias.

Matina embriagante
Respirações ofegantes,
Derretemos no calor arrepiante
O prazer é nossa religião...
Enfim cochilamos, porém,
A ressaca nos desperta
Lembrando-nos
Que somos seres limitados,
Bom dia!
Murmuro meio zonzo,
Mas...
Como você se chama?






terça-feira, 30 de novembro de 2010

CORDEL DE UM CARIOCA COMPLEXADO


Antes do Sol acender
Metódico, o despertador estridente
Profetiza o sofrer
A cabeça começa a doer,
Após o tiro comer
Meu descanso, Amplificando
O cansaço do meu santo.

Meio tonto e abatido,
Me retiro
De meu refúgio desgastado
Pelos disparos;
Quase intoxicado
Pelo odor emborrachado
Com passos largos,
E o reto apertado
Das rotas deste ambiente flagelado
Me esquivo dos projéteis legalizados
E contrabandeados
Coragem? Necessidade?
Sim! Com doses cavalares
Da honorável força de vontade.


Mofando no ponto,
Prantos, estrondos,
O esporro do chefe,
Mais descontos no contra cheque,
Me assombram constantemente...
Finalmente!
Tumulto por um espaço
No buzu hipersaturado;
Trânsito lento,
Espírito angustiado, corpo sonolento
Caraca! Enquadraram meu transporte
Gritaria e correria. EXPLODE!
Talvez não suporte
O calor insuportável do coquetel molotov.

Fim do batente,
Sentidos deprimentes,
Na árdua jornada
De voltar pra casa alvejada;
Coletivos quase extintos
Mas aguardo com afinco
Aleluia! Resulta
da sussurrada súplica
Mais confusão
Na entrada do buzão...


A noite despenca
Trevas condensadas,
Atmosfera tensa,
Sou bloqueado por barricadas,
Até a Lua se camufla
Nas nuvens carregadas de chuva;
Minha liberdade de ir e vir perambula
Perdida nas ruas
Como balas transpassando o céu enlutado
Chorando, sobre meu conjunto complexado;
Me iludem com abrigos
Amontoados de excluídos,
Gargalhadas sarcásticas das metralhas
Debocham da minha paz retalhada...







         







                 

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

PAIXÃO?

A paixão é a vã idolatria do masoquismo d’alma,

É o assombro dos pesadelos travestido de sonhos caramelados
A interpretação equivocada do amor incondicional, vítima da efemeridade, mergulhada nas trevas amarguradas dilacerando o coração inocente,

É a degustação de dores insuportáveis, fazendo o gostoso frio na barriga transformasse em gastrite e lágrimas insones inundam os abismos internalizados,

Melodias românticas são torturas cruéis para mente sobrecarregada de nostalgia,
O sorriso sincero alheio machuca... Dói... Então, a vaidade humana forja um falso recomeço recheado de novidades medievais e alegrias fantasiadas, são momentos que a hipocrisia se torna dádiva...

 A cura?

Será o tempo?

Um outro “amor”?


sábado, 16 de outubro de 2010

IMPÉRIO PROFANO

Fidelidade, caráter, amores sem interesse, tecem a capa moralista desta  sociedade religiosa hipócrita,
Mas ela é abandonada nos portais Babilônicos do império profano, revelando as impurezas da natureza leprosa humana.
Infiltrado na densa escuridão, escuto ofegantes sussurros carinhosos, porém financiados,
princesas seminuas em seus quartos espelhados, corpos quentes delirantes de coração gelado,
usadas para suprir carências ou concretizarem imaginações deterioradas por fantasias subliminares Disneyanas.
Essência luxuriosa arrebata os sentidos carnais, a energia é dissolvida na saliva dos monstros travestidos,
demônios antes exorcizados, são convocados para gozarem da blasfêmia feita por espelhos fragmentados da Suprema Trindade...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

DESVIO...:..


Questionam sua liberdade? por quê somos tão errantes?
com a paz distante, perambulando sem roteiros na cavalaria andante,
pensamentos putrificados entre as vielas nostálgicas deste bairro flagelado
sorrisos forçados dissolvem-se
no ácido sarcasmo do rancor hipersaturado.


Embreagado com estrelas no olhar, apaixonado por pecados capitais,
deleitando-se nos prazeres do templo corrompido,
entorpecido quase não te sinto! inalando a pálida poeira
choro, com a permanente alegria passageira.


Devoção a deuses masoquistas em noites insones
dores surrealistas, evaporam com a morfina nebulosa
molestando a atmosfera moralistas


Amar como a ti mesmo? pedradas construiram o império desconfiante
oceanos ousa nos separar?
mas não é você que anda sobre o mar?